Suportamento

A prática do amor cristão exige esforços que vão além da capacidade humana. Por isso, Jesus nos deu o dever de amar a Deus e ao próximo como um novo mandamento, uma ordem cuja desobediência implica desrespeitar Sua vontade (Romanos 13:8).

Não precisamos de ordem para fazer o que gostamos. Atividades prazerosas são naturais e espontâneas. O fato de Jesus nos mandar amar demonstra que, muitas vezes, amar exige sacrifício e entrega (Mateus 5:44).

O amor é a mais elevada de todas as virtudes e, quando praticado, é maravilhoso. Contudo, nossa inclinação natural é amar apenas quem nos ama ou faz bem. Jesus, porém, nos ensinou que esse tipo de amor não traz galardão. Amar quem nos ama é uma retribuição, enquanto o verdadeiro exercício do amor se manifesta quando amamos até mesmo aqueles que nos odeiam ou desejam nosso mal (Mateus 5:46).

Suportar uma pessoa não significa apenas aturá-la ou tolerar seus erros e atitudes reprováveis. Amar não é o mesmo que gostar. Amar é desejar o bem de todos, mesmo daqueles que nos desagradam.

Suportar, no sentido cristão, é oferecer suporte: ajudar a manter alguém firme, mesmo em suas fraquezas. É orar pelos inimigos, ajudar quem não nos quer bem, levantar quem tentou nos derrubar e trabalhar para que o fraco se torne forte. Em resumo, suportar é fazer pelos outros o que Cristo fez por nós: amar sem esperar nada em troca, mesmo quando estávamos distantes de Deus (Romanos 5:8).

Deus lhe abençoe!

“Que belo galardão será o que ganharemos por ajudar o próximo a permanecer de pé!” (Aureliano Jr.)

ORE: “Pai, sabemos o quanto é difícil oferecer apoio a quem não nos quer bem e como é desafiador amar quem nos odeia. Mas queremos nos parecer com Cristo em tudo. Ajuda-nos a cumprir o maior de todos os mandamentos e dar suporte ao próximo para que ele permaneça firme. Amém!”

Benignidade

A benignidade (Gr. cherestotes, disposição afável de caráter) é a inclinação para fazer o bem. Não se resume apenas a práticas caridosas, mas abrange um conjunto de virtudes como bondade, ternura e compaixão, sempre com o objetivo de promover o bem ao próximo. Quem é benigno está sempre disponível para ajudar, ouvir e acolher. Essa pessoa se alegra com os que se alegram e chora com os que choram (Romanos 12:15).

A benignidade é uma das virtudes que mais refletem o caráter de Deus, pois Ele é benigno. As Escrituras mostram um Deus que sempre busca o bem para todas as pessoas. O Salmo 136 é uma verdadeira celebração da benignidade divina, mostrando que, mesmo diante da pecaminosidade humana, Deus permanece disposto a agir em nosso favor. Ele sabe os pensamentos que tem ao nosso respeito: pensamentos de paz, e não de mal (Jeremias 29:11).

O mundo, sem Deus, inclina-se para o mal: vemos pessoas vingativas, iracundas, egoístas, soberbas e violentas, que buscam apenas seu próprio benefício. Esse comportamento é reflexo de um materialismo crescente, pois, quanto mais materialismo, menos espaço há para a benignidade. Quem pratica o mal preocupa-se apenas consigo mesmo, enquanto quem age com benignidade está atento às necessidades do próximo.

A benignidade é listada nas Escrituras como fruto do Espírito Santo. Isso significa que fazer o bem, segundo o modelo de Cristo, só é possível por meio da ação do Espírito Santo em nós. Ele transforma nosso caráter, moldando nossas intenções e atitudes ao caráter de Deus (Salmos 18:25).

Não importa o quão mau o mundo possa ser, não imite suas obras. Embora o mundo esteja sob influência do maligno, você foi chamado para viver uma nova vida em Cristo, e a prática do bem é parte essencial desse chamado!

Deus lhe abençoe!

“Perdoe e doe como se fosse sua última oportunidade. Ame como se não houvesse amanhã, e, se o amanhã vier, ame mais uma vez.” (M. Lucado)

ORE: “Deus benigno, neste mundo cheio de maldade, ajuda-me a fazer o bem. Ensina-me a olhar para as pessoas com os teus olhos e a amá-las com o teu coração. Amém!”

Alegria no Espírito

A verdadeira alegria é um estado de espírito que nasce da comunhão com Deus e da habitação do Espírito Santo em nós. Diferente da alegria passageira oferecida pelo mundo, embalada por prazeres momentâneos, a alegria em Cristo é profunda, duradoura e independente das circunstâncias externas. Essa alegria não é fruto de estímulos emocionais, mas da presença constante do Espírito Santo, que faz morada no coração de quem crê (1 Coríntios 6:19).

A alegria que vem da salvação transcende o que é físico ou sensorial. É um sentimento de plenitude espiritual que nos leva a um estado de satisfação contínua, mesmo em meio às adversidades. Isaías a descreve como “o óleo de alegria”, capaz de substituir a tristeza e o desespero por esperança e louvor (Isaías 61:3).

Um exemplo marcante dessa alegria é o apóstolo Paulo. Mesmo preso e sob a ameaça de morte, ele escreveu a carta aos Filipenses – conhecida como a Epístola da Alegria. Após uma vida cheia de tribulações, de naufrágios a perseguições, Paulo ainda exortava os cristãos a se alegrarem no Senhor, não apenas uma vez, mas constantemente: “Regozijai-vos sempre no Senhor; outra vez digo: regozijai-vos” (Filipenses 4:4).

Embora vivamos em um mundo repleto de desafios, dores e incertezas, podemos encontrar força na alegria que vem de Deus. Essa alegria, que não depende de circunstâncias, é uma fonte inesgotável de paz e fortaleza para enfrentar as lutas do dia a dia. Afinal, a alegria do Senhor é a nossa força (Neemias 8:10).

Deus lhe abençoe!

“A alegria verdadeira não está no riso fácil, mas no regozijo interior”. (Aureliano Jr.)

ORE: “Pai querido, eu te louvo pela alegria que o teu Espírito Santo faz brotar em mim, uma fonte que salta para a Vida Eterna. Ensina-me a transbordar essa alegria, para que todos vejam Cristo em minha vida”. Amém!