Exemplo de hospitalidade

Apesar de ser mencionada apenas uma vez nas Escrituras e de pouco sabermos sobre ela, Febe foi uma mulher inspiradora. Ganhou destaque no texto bíblico ao ser citada por Paulo como uma serva (do grego diakonon, que significa servo ou ministra), pertencente à igreja em Cencréia, uma antiga cidade ao sul da Grécia, próxima a Corinto. Mesmo diante das limitações impostas às mulheres naquela época, Febe desempenhou um papel fundamental na igreja, sendo uma hospedeira generosa para muitos irmãos, incluindo o próprio Paulo (Hebreus 13:1-3).

Embora o motivo de sua viagem a Roma não seja mencionado, Paulo, prevendo possíveis dificuldades para uma mulher em uma igreja ainda influenciada pela cultura da época, recomenda que os irmãos a recebam bem. Ele exalta sua disposição voluntária em servir e incentiva os cristãos romanos a cuidarem dela com zelo, suprindo suas necessidades durante sua estadia (Tiago 2:16).

O exemplo de Febe é inspirador! Nada sabemos sobre sua condição social, se era viúva ou solteira e dedicada exclusivamente ao serviço de Deus. Também não se sabe se era casada, pois, naquela época, uma mulher casada dificilmente viajaria sozinha. Caso estivesse acompanhada do marido, ele provavelmente teria sido mencionado na recomendação de Paulo. A preocupação do apóstolo em pedir que a acolhessem e cuidassem dela sugere que seus recursos materiais poderiam ser limitados.

Seja como for, Febe nos ensina um belíssimo exemplo de desprendimento e amor ao próximo. Mesmo necessitando de cuidados, ela se dedicava a cuidar dos outros. Que possamos seguir esse modelo de hospitalidade e generosidade!

Deus lhe abençoe!

"A menor agência do correio pode conter uma carta que tem a possibilidade de arruinar ou abençoar uma nação. E a vida mais simples pode emitir bênçãos capazes de redirecionar um continente na direção de Deus." (Vance Havner)

ORE: Deus, ensina-nos a praticar a hospitalidade e a cuidar dos nossos irmãos, esforçando-nos para suprir suas necessidades e proporcionar-lhes uma vida digna. Amém.

Amar é também acreditar

1 Coríntios 13:1-13 é o mais perfeito tratado sobre o amor. Paulo desenvolve esse ensino em uma carta dirigida a uma igreja que, apesar de possuir entre seus membros todos os dons manifestados e serem considerados santos, sofria com contendas, divisões, preferências pessoais, favorecimentos, tolerância com pecados escandalosos, entre outros problemas. Isso gerou uma teia de intrigas, suspeitas e desconfianças que quase levou à ruína daquela comunidade cristã (1 Coríntios 3:3).

Na carta aos Romanos, Paulo expressa sua preocupação com a viagem que faria a Jerusalém para levar as ofertas reunidas pelos irmãos da Macedônia e Acaia. Ele pede as orações dos irmãos de Roma por dois motivos: primeiro, para que fosse protegido dos rebeldes da Judeia; segundo, para que os próprios irmãos em Cristo o recebessem bem. Seu pedido se baseava no fato de que, após deixar de ser perseguidor dos cristãos e se converter a Cristo Jesus, passou a ser visto com desconfiança. Os judeus o consideravam um traidor, enquanto muitos cristãos suspeitavam de suas verdadeiras intenções. Isso trouxe grande sofrimento a Paulo, não apenas pelas prisões e perseguições, mas porque percebeu a falta de um amor sincero da parte dos cristãos da Judeia em relação a ele (Romanos 12:9).

Entretanto, ao ler 1 Coríntios 13, compreendemos que o amor tudo crê. Amar é também acreditar no outro, mesmo quando somos chamados a ser simples como as pombas e prudentes como as serpentes (Mateus 10:16).

Deus lhe abençoe!

"A suspeita subtrai, a fé adiciona, mas o amor multiplica. Ele abençoa duplamente: aquele que o dá e aquele que o recebe." - Charles Thomas Studd

ORE: Pai, não queremos viver em suspeitas e desconfianças em relação aos nossos irmãos, duvidando de sua fé e questionando sua fidelidade. Ensina-nos a amar com longanimidade. Amém.

Reconhecimento e gratidão

Enquanto escrevia aos Romanos uma das mais belas epístolas das Escrituras Sagradas, Paulo também estava com a mente e o coração ocupados com uma importante missão que em breve realizaria: ir a Jerusalém transmitir a ajuda providenciada pelos irmãos macedônios e acaicos. O motivo da oferta era claro: entre os irmãos de Jerusalém havia pobres que necessitavam de amparo. A oferta que providenciaram foi voluntária, sem pressão dos apóstolos, o que, aparentemente, causou grande emoção em Paulo. E o que os estimulou a fazerem isso foi ainda mais belo: eles reconheciam que, se não fosse o esforço dos irmãos de Jerusalém, liderados pelos apóstolos, talvez nunca tivessem conhecido a graça salvadora de Cristo Jesus (Efésios 2:8).

Percebamos que eles fizeram isso em retribuição aos bens espirituais que lhes foram compartilhados. Isso significa que não estavam enviando uma oferta em troca de outra anteriormente recebida, mas como um agradecimento pelo bem mais precioso que haviam recebido de Deus, por meio do trabalho dos cristãos de Jerusalém: a salvação em Cristo Jesus (1 João 3:1-24)!

Devemos ser gratos pelo esforço daqueles que nos trouxeram o Evangelho de Cristo Jesus. Precisamos reconhecer cada oração, cada lágrima, cada sofrimento e cada renúncia que fizeram para que hoje sejamos o que somos: salvos em Cristo Jesus.

Sejamos sempre agradecidos! (Colossenses 3:15).

Deus lhe abençoe!

"A gratidão é a memória do coração." (Antístenes)

ORE: Pai, reconhecemos o esforço daqueles que trabalharam para que o Teu Evangelho chegasse a nós e agradecemos a Ti por tê-los capacitado para trabalharem incansavelmente pelo Teu Reino. Dá-nos forças para fazer o mesmo. Amém.