Mortos para o pecado, vivos para Deus

O efeito da salvação proporcionada por Cristo Jesus, em todo aquele que Nele crê, é curiosamente paradoxal: tivemos que morrer para ganhar a vida eterna (Mateus 16:25). De fato, é isso que acontece com todas as pessoas que recebem Jesus Cristo: elas morrem. Contudo, essa morte não se refere ao fim da vida física, mas sim à morte do velho homem, à natureza pecaminosa que gerava a ira de Deus contra nós (Romanos 5:9-11). Estávamos irremediavelmente separados da vida de Deus e, por isso, não tínhamos vida com Ele (Efésios 4:18).

A ação regeneradora de Cristo seguiu um roteiro objetivo: primeiro, Ele nos matou, ou seja, cumpriu em nós a sentença da condenação que nos estava destinada (Tiago 1:15). Em seguida, Ele nos deu nova vida, fazendo nascer em nós uma nova criatura, livre do pecado, o "homem interior", antagônico ao "homem exterior" (2 Coríntios 4:16). Toda essa transformação aconteceu no campo da fé, pois, pela nossa crença em Cristo, fomos transformados por Ele. Agora, em nós existem duas naturezas que se enfrentam, até que nossa redenção seja completamente realizada e estivermos livres da natureza pecaminosa que ainda carregamos (1 João 3:2).

Viver em Cristo nos torna espirituais. Antes éramos carnais, servindo aos instintos naturais e suas paixões. Pela obediência à Palavra de Deus, mortificamos a carne, para que nossa natureza espiritual prevaleça. Esse é um exercício diário de renúncia às concupiscências e ao pecado que nos cerca. Se queremos fazer jus à obra redentora de Cristo Jesus em nosso favor, devemos renunciar à nossa velha natureza, morrendo para o pecado e assumindo uma nova forma de vida, como seres espirituais (1 Coríntios 2:15).

O objetivo de Deus para nós é que morramos para o pecado e vivamos para Ele.

Deus te abençoe!

"Nosso senso de pecado é diretamente proporcional à nossa proximidade de Deus." (Thomas D. Bernard)

ORE: Senhor, sabemos que odeias o pecado e rejeitas o que o pratica sem sofrer a culpa. Livra-nos do mal. Amém.

A morte que RECONCILIA; A vida que SALVA!

Este versículo resume de forma clara e profunda a abrangência da obra redentora de Cristo para resolver o problema da queda humana. O que Jesus fez por nós não se trata de um simples paliativo para livrar-nos da condenação eterna: Ele morreu para que fôssemos reconciliados com Deus. A partir de Sua morte, passamos a ter um relacionamento de profunda amizade com o Todo-Poderoso (João 15:15).

No entanto, Ele não permaneceu morto. Ressuscitou para que fôssemos salvos das consequências eternas do pecado. Por meio de Sua vida, passamos a ser herdeiros da vida eterna (1 João 5:11-13).

Embora Deus se preocupe com todos os aspectos da nossa vida terrena, cuidando até dos pequenos detalhes (Romanos 8:32), o maior impacto do sacrifício de Cristo foi nos tirar da morte espiritual, que nos aprisionava em nossos pecados, e nos vivificar, concedendo-nos o privilégio de sermos chamados filhos de Deus (Efésios 2:1).

Que alegria é ter a plena convicção de que não estamos mais perdidos, pois fomos encontrados por Deus (Lucas 15:24), e, uma vez achados, fomos resgatados para ser d'Ele eternamente (1 João 3:2).

Embora a morte de Jesus tenha sido um momento triste, lembrado com consternação por sabermos que nossos pecados causaram Seu sofrimento, Sua vida é a boa notícia que nos traz uma alegria interminável. A esperança de vida eterna produz em nós a expectativa de viver com Ele para sempre (João 3:16).

A morte de Cristo nos reconciliou com Deus. Sua vida nos salvou para Deus. Não há melhor notícia do que essa!

Deus te abençoe!

"Jesus morreu para que tenhamos vida; e nós morremos para nascer de novo. Eis a mecânica da Redenção." (Aureliano Jr.)

ORE: Pai, te adoramos pela grandeza da Tua obra redentora em nosso favor, por meio do sacrifício de Cristo Jesus. Agora temos vida abundante! Em nome de Jesus, amém.

A maior prova de amor

É inegável que Deus nos ama de maneira incomparável. No entanto, surge a pergunta: o quanto Ele nos ama? Como podemos medir esse amor? Quando Cristo Jesus falou sobre esse amor para Nicodemos (João 3), Ele usou a expressão “de tal maneira” para descrever a amplitude desse amor, que se concretizou na entrega do Seu próprio Filho para morrer em nosso lugar (João 3:16). Como podemos medir tal amor?

Paulo, ao escrever aos Efésios, revelou que é possível entender a dimensão desse amor, mas também esclareceu que ele é "imensurável" (Efésios 3:17-19). O amor de Deus é um mistério insondável, além da nossa compreensão.

O amor de Deus é tão profundo que nos torna inseparáveis d'Ele (Romanos 8:38,39), e é eterno (Salmos 136:1). Ele nos renova constantemente (Sofonias 3:17) e luta por nós com todo o Seu poder, pois nos ama de maneira incalculável (Isaías 43:4). Esse amor é melhor do que a própria vida (Salmos 63:3). Por isso, mesmo odiando o pecado, Deus é paciente com os pecadores (1 Coríntios 13:4).

Mas qual é a maior prova desse amor? Não podemos melhorar o raciocínio das Escrituras, que afirmam de maneira clara e definitiva: "Deus amou o mundo de tal maneira, que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna" (João 3:16). Este versículo, considerado o coração da mensagem bíblica, é a maior demonstração do amor de Deus por nós, um amor que nos foi dado sem que o merecêssemos (Efésios 2:8,9).

Que Deus te abençoe!

"Oh, porque Jesus me ama? Eu não posso explicar! Mas, a ti também te chama, pois deseja te salvar." (Harpa Cristã, nº 169)

ORE: Deus Pai, nós te adoramos, agradecidos pelo grande amor que dispensaste em nosso favor, a ponto de nos substituir pelo Teu Filho, Jesus, no castigo que deveríamos sofrer. Em nome de Jesus, amém.