Tolerar para ser tolerado

A vida cristã exige de nós um zelo profundo pela santidade e pureza. A fé cristã, de fato, é um caminho de cultivo de virtudes, que devem ser perseguidas por meio da obediência à Palavra de Deus. Esse exercício diário de mortificação do eu e rejeição do erro pode tornar o cristão rigoroso consigo mesmo e com os que o cercam. No entanto, em alguns casos, essas exigências se tornam extremas, gerando conflitos entre irmãos e intolerância para com os de fora.

É comum vermos cristãos se digladiando por conta de suas diferenças teológicas. A internet está repleta de grupos, canais, vídeos, comunidades, sites e blogs onde irmãos demonstram atitudes intempestivas, muitas vezes marcadas por comentários violentos. Embora movidos por zelo à fé, também são impulsionados pelo orgulho em relação à sua própria visão do Cristianismo (1 Coríntios 3:4).

Esse tipo de comportamento não agrada a Deus! Fomos chamados para viver o Novo Mandamento de Cristo Jesus: amar a Deus acima de tudo e ao próximo como a nós mesmos (João 13:34,35). Isso não significa que devemos concordar com tudo ou aceitar aquilo que, sob nossa ótica cristã, é inadequado. Também não implica em conviver passivamente com ensinos contrários à fé que professamos. No entanto, o amor deve nos guiar em todas as situações, independentemente das diferenças que temos com o próximo.

Se formos questionados ou confrontados sobre nossa fé, devemos responder com mansidão e temor, como nos recomendou o apóstolo Pedro (1 Pedro 3:15).

Pratiquemos o fruto do Espírito e amemo-nos uns aos outros!

Deus lhe abençoe!

"Tolerância não é aprovação do erro, mas respeito ao diferente." – Aureliano Jr.

ORE: Deus, ajuda-nos a ter o olhar misericordioso que Tu tens sobre aqueles que não são exatamente como gostaríamos que fossem. Queremos amar o nosso próximo como Tu o amas, sem nenhuma acepção. Amém.

Revestir-se de Cristo Jesus

Nosso corpo físico é a morada de uma nova criatura, formada quando fomos salvos por Cristo Jesus. Enquanto estivermos neste mundo, ele continuará sendo o meio pelo qual servimos a Deus e ministramos o Evangelho da Salvação eterna (2 Coríntios 5:9). Precisamos do nosso corpo para interagir com as pessoas e viver de maneira digna do Senhor (Filipenses 1:27). O próprio Cristo, quando veio ao mundo, assumiu um corpo de carne e osso, sem, contudo, carregar o pecado que corrompe nossa natureza caída (Hebreus 4:15).

Muitos acreditam que a carne é nossa inimiga, pois precisamos lutar contra seus impulsos e instintos, buscando mortificá-la e mantê-la sob o domínio do nosso homem interior. No entanto, a carne não nos odeia, nem deseja nosso mal. Pelo contrário, cuidamos dela com zelo, mantendo-a saudável e nutrida, pois quanto mais tempo vivermos, mais oportunidades teremos para comunicar Cristo ao mundo (Mateus 28:19,20).

Todavia, é essencial lembrar que nossa carne ainda não foi transformada. Ainda não somos o que haveremos de ser (1 João 3:2); por isso, precisamos mantê-la sob domínio, como um cão de guarda que deve estar preso à coleira para não causar dano a nós ou a outros. A carne possui instintos que geram impulsos fortíssimos e, devido à queda, esses impulsos se tornaram concupiscências, isto é, desejos quase incontroláveis (1 João 2:16).

A única maneira de manter a carne sob controle é nos revestirmos de Cristo Jesus. Assim como uma armadura impenetrável protege um guerreiro, estar revestido de Cristo impede que a pecaminosidade nos domine.

Revista-se de Cristo Jesus! Vença a si mesmo!

Deus lhe abençoe!

"Não precisamos matar a carne para viver no Espírito; basta que ela seja mortificada, e a venceremos por meio do Espírito Santo, sendo santos nele." – Aureliano Jr.

ORE: Pai, ajuda-nos a mortificar a nossa carne, para que vivamos de maneira digna da tua santidade. Queremos comunicar Cristo ao mundo por meio de uma vida de santidade e pureza. Amém.

Procedimento cristão

Basta uma leitura superficial das Escrituras para se concluir sem dificuldade que o bom comportamento é uma das coisas mais caras e apreciadas por Deus na vida dos seus filhos. Já na lei de Moisés se observa preceitos morais exigíveis ao povo de Deus, como fidelidade no casamento, pureza sexual, cuidados com o corpo, zelo com a verdade, diligência na vida social, honestidade, entre outras virtudes. A Igreja herdou esse cuidado, e, desde os Evangelhos, pela boca do próprio Cristo Jesus, até as Epístolas, se vê uma insistente recomendação a se viver de maneira digna com a pureza e a santidade de Deus (1 Pedro 1:15).

O bom testemunho é inegociável na vida cristã. Ainda que haja interpretações diversas sobre o que deve e o que não ser praticado pelos cristãos na vida cotidiana, todas as conclusões apontam para um modelo de comportamento superior em virtudes ao que se pratica rotineiramente no mundo. As Escrituras asseveram o zelo com o corpo físico, com as palavras, com o dinheiro, com a vida conjugal, com os filhos, com os irmãos em Cristo Jesus, e também com as pessoas que não professam a fé em Cristo Jesus (Romanos 12:18).

Jesus é exigente nessa questão, cobrando dos seus seguidores um padrão de justiça exaustivamente superior ao das pessoas que nos rodeiam (Mateus 5:20-26). Tão exigente, que chega a comparar um pensamento impuro a um adultério de fato praticado. E o zelo exigente de Jesus é compreensível e justificável: ele sabia que, quando da sua partida para as alturas, ficaria conosco o Espírito Santo, que habita em nós, e não tem comunhão com a impureza (1 Coríntios 3:16,17).

Honremos a Deus com uma vida santa; dignifiquemos a Cristo com coração e mente puros; hospedemos o Espírito Santos com um corpo limpo (1 Tessalonicenses 5:23). 

Deus lhe abençoe!

“O nosso corpo - casa espiritual - precisa de uma faxina periódica, para que o nosso hóspede, o Espírito Santo, se sinta bem nele." (Aureliano Jr.).

ORE: Pai, ensina-nos a viver de maneira digna da tua santidade e pureza. Queremos conduzir pessoas a Cristo Jesus não só com a nossa pregação, mas, também com o nosso bom testemunho. Amém.