Temor que renova

As Escrituras nos ensinam a temer a Deus, pois esse é o princípio da sabedoria (Salmos 111:10). Esse temor deve ser a base de toda a nossa vida (Eclesiastes 12:13). Temer ao Senhor é um dever de todos (Jeremias 10:7), e aqueles que O temem prosperarão e verão sua descendência ser abençoada (Deuteronômio 5:29). No tempo certo, toda a humanidade reconhecerá a soberania de Deus e O temerá (Apocalipse 15:4). O próprio Deus testifica sobre aqueles que O temem (Jó 1:8). Temer a Deus significa submeter-se ao Seu senhorio, reverenciar Seu nome e reconhecer Seu poder!

Mas temer a Deus significa ter medo d’Ele? Algumas pessoas, ao tentarem suavizar esse conceito, podem responder que não. De fato, não devemos sentir pavor de um Deus que é amoroso, benigno, paciente e cheio de misericórdia. No entanto, é essencial termos um temor reverente, um profundo respeito que nos leva a evitar tudo o que O desagrada. Deus é santo, reto e justo. Ele não inocenta o culpado e, ainda que não tenha prazer na morte do ímpio, executará Sua justiça com imparcialidade, pois não faz acepção de pessoas e julgará a todos segundo suas obras (Apocalipse 14:7).

O temor do Senhor deve ser o combustível que nos impulsiona a viver de maneira que Lhe agrada. Ele ama a verdade e odeia a mentira. Ordena que sejamos santos, que andemos segundo Sua vontade boa, perfeita e agradável. Temer a Deus significa abandonar a velha maneira de viver para frutificar sob Seu domínio, ainda que isso implique ser repreendido, corrigido e, se necessário, disciplinado (Hebreus 12:6).

Temer a Deus é reconhecer Sua grandeza, soberania e poder. Somente quando temos um verdadeiro temor a Ele é que podemos vencer o medo daqueles que tentam nos prejudicar. O Senhor cuida dos que O temem e os guarda de todo o mal (Deuteronômio 31:8).

Deus lhe abençoe!

"O que seria de nós sem Deus, diante do mal, senão o próprio mal em sua essência?" (Aureliano Jr.)

ORE: Pai, queremos ser renovados dia após dia, independentemente do que os homens tramam contra nós. Amém.

O poder da confissão

Confessar é admitir a responsabilidade por um ato cometido. Digo responsabilidade porque nem toda confissão implica culpa. Por exemplo, quando confessamos que Jesus Cristo é o Senhor, não estamos assumindo um erro, mas declarando Seu senhorio sobre nós. No entanto, quando pecamos e reconhecemos isso diante de Deus, estamos confessando uma culpa que precisa ser perdoada (Provérbios 28:13).

Davi escreveu o Salmos 51 após adulterar com a esposa de um de seus soldados mais fiéis, Urias, e planejar sua morte na guerra. Seu objetivo era ficar com a mulher e, ao mesmo tempo, ocultar seu próprio pecado (2 Samuel 11:27).

Além do pecado em si, Davi também ofendeu a Deus ao acreditar que poderia esconder sua falha do Todo-Poderoso. Como rei, ele tinha muito a perder caso seu erro viesse à tona. Ele ignorou a misericórdia divina e seguiu vivendo como se nada tivesse acontecido. Mas Deus, que tudo vê, o confrontou e o levou a reconhecer seu erro. Davi, então, fez o que Deus esperava: confessou sinceramente seu pecado, sem desculpas, sem justificativas e sem transferir a culpa. Diante dessa atitude, Deus o perdoou e restaurou sua comunhão com Ele (2 Crônicas 7:14).

A confissão é um poderoso instrumento de cura espiritual! Quando reconhecemos nossas falhas diante de Deus, admitimos nossa fragilidade e necessidade de redenção. O pecado, que nos separa do Senhor, é imediatamente perdoado, lançado no esquecimento e substituído pelo sacrifício de Cristo. Ainda que possamos enfrentar consequências naturais dos erros do passado, nosso espírito é renovado, e voltamos à condição de nova criatura, purificados pela graça divina (1 João 1:9).

Não carregue culpas passadas! Confesse seus pecados a Deus e desfrute da plenitude da comunhão com Ele.

Deus lhe abençoe!

"Confessar o pecado é como espremer um abscesso: apesar da dor insuportável, o alívio posterior compensa." (Aureliano Jr.)

ORE: Deus misericordioso, confessamos que somos pecadores e dependemos do teu perdão. Amém.

O sacrifício que glorifica a Deus

Sacrificar significa oferecer algo com o propósito de cultuar a Deus. No Antigo Testamento, os sacrifícios estavam diretamente ligados ao derramamento de sangue para perdão de pecados e obtenção do favor divino, o que acabou associando a palavra à ideia de morte. Tanto que, quando um animal precisa ser abatido, diz-se que será "sacrificado", ainda que sua morte não esteja ligada a um ato de adoração.

Os sacrifícios do Antigo Pacto tinham um caráter didático e prefiguravam o sacrifício de Cristo na cruz, em nosso favor. No entanto, esses sacrifícios eram finitos, imperfeitos e oferecidos por sacerdotes igualmente limitados. Já o sacrifício de Cristo foi único, perfeito e com validade eterna (1 Pedro 3:18).

Após Cristo se oferecer como holocausto em nosso lugar, os sacrifícios com animais se tornaram desnecessários. Agora, nós, que fazemos parte do Corpo de Cristo, temos um altar onde se oferece um sacrifício muito mais elevado: um sacrifício vivo, santo e agradável, por meio do culto racional (Romanos 12:1). Somos chamados a oferecer a Deus um sacrifício de louvor, com o fruto dos nossos lábios (Hebreus 13:15). A partir de Cristo, nos tornamos sacerdócio real, habilitados a nos entregarmos diariamente a Deus, não com o derramamento de sangue, mas com obediência à sua Palavra. Nossos sacrifícios são espirituais (1 Pedro 2:5), agradáveis e aceitáveis diante de Deus (Filipenses 4:18). Até mesmo a nossa morte física, se vivemos em fidelidade ao Senhor, é considerada uma oferta de sacrifício que nos conduzirá à coroa da justiça (2 Timóteo 4:6-8).

Seja um sacrifício vivo para Deus, santo e agradável. Ofereça-se a Ele para que sua glória se manifeste através da sua vida!

Deus lhe abençoe!

"O simples fato de Deus ter considerado, no passado, o cheiro da carne queimada de animais como agradável já é suficiente para mostrar o quão misericordioso Ele sempre foi com o seu povo." (Aureliano Jr.)

ORE: Senhor Deus, receba nosso culto, nosso louvor e nossa adoração como sacrifícios agradáveis a Ti. Amém.