Reconhecimento e gratidão

Enquanto escrevia aos Romanos uma das mais belas epístolas das Escrituras Sagradas, Paulo também estava com a mente e o coração ocupados com uma importante missão que em breve realizaria: ir a Jerusalém transmitir a ajuda providenciada pelos irmãos macedônios e acaicos. O motivo da oferta era claro: entre os irmãos de Jerusalém havia pobres que necessitavam de amparo. A oferta que providenciaram foi voluntária, sem pressão dos apóstolos, o que, aparentemente, causou grande emoção em Paulo. E o que os estimulou a fazerem isso foi ainda mais belo: eles reconheciam que, se não fosse o esforço dos irmãos de Jerusalém, liderados pelos apóstolos, talvez nunca tivessem conhecido a graça salvadora de Cristo Jesus (Efésios 2:8).

Percebamos que eles fizeram isso em retribuição aos bens espirituais que lhes foram compartilhados. Isso significa que não estavam enviando uma oferta em troca de outra anteriormente recebida, mas como um agradecimento pelo bem mais precioso que haviam recebido de Deus, por meio do trabalho dos cristãos de Jerusalém: a salvação em Cristo Jesus (1 João 3:1-24)!

Devemos ser gratos pelo esforço daqueles que nos trouxeram o Evangelho de Cristo Jesus. Precisamos reconhecer cada oração, cada lágrima, cada sofrimento e cada renúncia que fizeram para que hoje sejamos o que somos: salvos em Cristo Jesus.

Sejamos sempre agradecidos! (Colossenses 3:15).

Deus lhe abençoe!

"A gratidão é a memória do coração." (Antístenes)

ORE: Pai, reconhecemos o esforço daqueles que trabalharam para que o Teu Evangelho chegasse a nós e agradecemos a Ti por tê-los capacitado para trabalharem incansavelmente pelo Teu Reino. Dá-nos forças para fazer o mesmo. Amém.

O mais legítimo estímulo missionário

O que deve nos estimular a levar a mensagem de Cristo Jesus ao mundo? Devemos exercer os nossos dons ou o nosso ministério unicamente movidos por estímulos pessoais? Devemos fazê-lo interessados em promover a nossa carreira, o nosso nome, a nossa marca ou a comunidade cristã à qual estamos ligados? Devemos levar Jesus somente se a missão for rentável, lucrativa ou vantajosa? Seria legítimo trabalhar pelo Reino dos Céus movidos por interesses terrenos (1 Pedro 5:2)?

É certo que o trabalhador é digno do seu salário; o soldado que milita merece o seu soldo; e o boi que debulha deve desfrutar da sua ração. Mas não se pode confundir o sustento provido por Deus com uma busca incontrolável por vantagens pessoais ou financeiras, tornando a santa missão da disseminação do Evangelho de Cristo Jesus apenas um meio de vida profissional. É essencial amar o que se faz para Deus e, acima de tudo, ter o Amor de Deus naquilo que se faz (2 Timóteo 2:3)!

O glamour, a fama e o dinheiro são extremamente sedutores. Quem milita pelo Reino de Deus deve manter vigilância constante para não ser enredado pela quase irresistível tentação de se colocar à frente da glória de Deus e desejar ser mais notado do que o Todo-Poderoso (Isaías 42:8).

Fazer a Obra de Deus é uma missão que nos impõe uma cruz sobre os ombros. Pode até nos trazer algum sustento da parte dos irmãos, mas jamais deve transferir para nós a glória que pertence unicamente a Deus (1 Crônicas 29:11)!

Deus lhe abençoe!

"Teremos toda a eternidade para celebrar com aqueles que trouxemos a Jesus, mas só temos o período de nossa vida para alcançá-los" (Rick Warren).

ORE: Senhor, que o nosso desejo seja o Teu desejo, que é levar o Teu Evangelho até onde ele ainda não chegou e levar o Teu Amor a todas as pessoas. Amém.

Pregar o que vive; Viver o que prega

O mau comportamento causa grandes danos ao Reino de Deus; não no sentido de colocá-lo em perigo, mas de gerar escândalos que impedem que a luz do Evangelho alcance corações. É grande a responsabilidade dos filhos de Deus em se esforçarem para viver de maneira condizente com a Sua Palavra. Testemunhar de Cristo não é uma arte da oratória ou uma missão que possa ser cumprida apenas com palavras persuasivas. O verdadeiro testemunho de Jesus se manifesta pelo Espírito e pelo poder (1 Coríntios 2:3).

Ainda que a sabedoria humana possa – e deva – ser exercitada para o enriquecimento de uma pregação, ela não deve ser a única razão que impulsiona o pregador. Os púlpitos não podem estar repletos de sermões vazios. Cada pregador do Evangelho deve buscar em Deus a sabedoria e o conhecimento que enriquecem a sua pregação, para que aqueles que ouvem sejam atraídos pela mensagem salvadora de Cristo Jesus (Atos 2:47).

Porém, essa correção não se aplica apenas aos púlpitos; a vida cristã não se resume a cultos dominicais ou semanais. Viver para Cristo significa um dia a dia repleto de oportunidades para transmitir o Evangelho. Mesmo que as oportunidades de fazê-lo por meio de palavras sejam cada vez mais escassas, podemos, a todo momento, demonstrar o amor de Deus através do nosso testemunho pessoal e da manifestação do Seu poder e autoridade em nossas vidas (Mateus 5:13-16).

Deus lhe abençoe!

“O cristão é o recurso visual que Deus traz ao palco quando Ele começa a falar à pessoa não convertida.” - Herbert Wallace Cragg.

ORE: Deus Grandioso, sabemos da nossa responsabilidade de pregar o Teu Evangelho. E sabemos que o nosso testemunho é mais poderoso do que as nossas palavras para transmitir a Tua Palavra. Capacita-nos a sempre dar bom testemunho de Ti ao mundo. Amém.