O sacrifício que glorifica a Deus

Sacrificar significa oferecer algo com o propósito de cultuar a Deus. No Antigo Testamento, os sacrifícios estavam diretamente ligados ao derramamento de sangue para perdão de pecados e obtenção do favor divino, o que acabou associando a palavra à ideia de morte. Tanto que, quando um animal precisa ser abatido, diz-se que será "sacrificado", ainda que sua morte não esteja ligada a um ato de adoração.

Os sacrifícios do Antigo Pacto tinham um caráter didático e prefiguravam o sacrifício de Cristo na cruz, em nosso favor. No entanto, esses sacrifícios eram finitos, imperfeitos e oferecidos por sacerdotes igualmente limitados. Já o sacrifício de Cristo foi único, perfeito e com validade eterna (1 Pedro 3:18).

Após Cristo se oferecer como holocausto em nosso lugar, os sacrifícios com animais se tornaram desnecessários. Agora, nós, que fazemos parte do Corpo de Cristo, temos um altar onde se oferece um sacrifício muito mais elevado: um sacrifício vivo, santo e agradável, por meio do culto racional (Romanos 12:1). Somos chamados a oferecer a Deus um sacrifício de louvor, com o fruto dos nossos lábios (Hebreus 13:15). A partir de Cristo, nos tornamos sacerdócio real, habilitados a nos entregarmos diariamente a Deus, não com o derramamento de sangue, mas com obediência à sua Palavra. Nossos sacrifícios são espirituais (1 Pedro 2:5), agradáveis e aceitáveis diante de Deus (Filipenses 4:18). Até mesmo a nossa morte física, se vivemos em fidelidade ao Senhor, é considerada uma oferta de sacrifício que nos conduzirá à coroa da justiça (2 Timóteo 4:6-8).

Seja um sacrifício vivo para Deus, santo e agradável. Ofereça-se a Ele para que sua glória se manifeste através da sua vida!

Deus lhe abençoe!

"O simples fato de Deus ter considerado, no passado, o cheiro da carne queimada de animais como agradável já é suficiente para mostrar o quão misericordioso Ele sempre foi com o seu povo." (Aureliano Jr.)

ORE: Senhor Deus, receba nosso culto, nosso louvor e nossa adoração como sacrifícios agradáveis a Ti. Amém.

A efemeridade dos bens terrestres

O melhor resumo da vida debaixo do sol foi feito por Salomão: "Tudo é vaidade" (Eclesiastes 1:2). A vida terrena é passageira, finita e transitória. Todo o esforço para o acúmulo de bens materiais perde sua eficácia no momento da morte, pois nada do que conquistamos poderá ser levado para a eternidade. (Eclesiastes 9:10)

O ser humano gasta sua saúde trabalhando para ganhar dinheiro e, depois, gasta seu dinheiro tentando recuperar a saúde. Quando somos dominados por uma necessidade desenfreada de adquirir bens materiais — que se desgastam com o tempo —, nos tornamos reféns de um consumismo que nunca nos satisfaz. Sem perceber, somos arrastados por uma espiral materialista, na qual nada do que conquistamos é suficiente. Se não soubermos controlar essa busca desenfreada por riquezas, corremos o risco de perder a nossa própria alma. (Marcos 8:36)

Na ânsia de acumular bens, muitos acabam confiando mais no dinheiro do que em Deus. A fé, quando mantida, é frequentemente usada apenas como um meio para alcançar conforto e bem-estar. Quem vive dessa maneira se torna vazio, como uma “máquina de fazer dinheiro”, acumulando riquezas que, no fim, nunca poderá usufruir plenamente. (Lucas 12:16-21)

É claro que o trabalho é uma atividade digna e honrada. Estudar, empreender e buscar prosperidade são atitudes legítimas, que podem trazer crescimento e melhoria de vida. Deus, inclusive, promete bênçãos e provisão àqueles que Lhe são fiéis. O problema não está no esforço para prosperar, mas em inverter as prioridades — colocando Deus em segundo plano e se esquecendo da eternidade.

Trabalhe! Empreenda! Prospere! Enriqueça! Mas não se esqueça de Deus!

Deus lhe abençoe!

"Seus bens são responsáveis por noventa por cento dos seus problemas." — E. S. James

ORE: Senhor Deus, dá-nos sabedoria para não ancorarmos nossa esperança nos bens terrenos, pois nossa segurança está unicamente em Ti. Amém.

Guiados por toda a vida!

A fidelidade de Deus é realmente admirável! Ele, que nada nos deve e nenhuma obrigação tem de nos aceitar em Seu rebanho, nos recebeu como filhos, fez conosco uma aliança de amor e está sempre pronto a nos ouvir, atender, guardar e livrar. E Ele faz isso porque é fiel a Si mesmo e vela pela Sua palavra para cumpri-la. Por meio de Abraão, Deus jurou cuidar de Israel, sua descendência; e, por meio de Cristo Jesus, prometeu cuidar da Igreja, sua herança. Ele permanece imutável em Seu compromisso com o Seu povo. E continua conosco, por meio do Espírito Santo, até a consumação dos séculos. (Mateus 28:20)

Assim como Israel foi guiado durante sua peregrinação no deserto por quase quarenta anos — sendo protegido dos inimigos e tendo todas as suas necessidades supridas —, nós, Sua Igreja, também somos conduzidos no deserto da vida enquanto estivermos aqui. E temos um privilégio ainda maior: Deus se faz pessoalmente presente em nosso dia a dia por meio do Seu Espírito Santo. Ele acampa ao nosso redor para nos livrar, ouve nossas orações para nos atender e supre todas as nossas necessidades para nos sustentar. (Isaías 41:10)

Mesmo depois de Israel entrar na terra prometida a Abraão e sua descendência, Deus não diminuiu Seus cuidados. Ele estabeleceu Seu povo na posse da terra, sustentou-os na organização da nação nos tempos dos juízes, confirmou-os no período dos reis — tanto no reino unificado quanto no dividido — e continua preservando Israel até os dias de hoje, mesmo após exílios e dispersões. (Isaías 43:5-11)

Deus tem conosco um compromisso eterno. E, mesmo na eternidade, quando tudo estiver consumado, Ele continuará sendo o nosso guia fiel, num Reino que jamais terá fim. Lá, em Seu Reino eterno, Ele enxugará dos nossos olhos toda lágrima. (Apocalipse 21:4)

Deus lhe abençoe!

"Como se perder no deserto, se as Escrituras são a nossa bússola, e Deus é o nosso guia?" — Aureliano Jr.

ORE: Ó Deus, guia-nos pelo caminho da verdade, para que possamos ser recebidos por Ti na eternidade. Amém.