2 Como um lírio entre os espinhos,
assim é a minha querida
entre as donzelas.
3 Como a macieira
entre as árvores do bosque,
assim é o meu amado
entre os jovens.
Desejo muito a sua sombra
e debaixo dela me assento,
e o seu fruto é doce
ao meu paladar.
4 Ele me levou à sala do banquete,
e o seu estandarte sobre mim
é o amor.
5 Sustentem-me com passas,
confortem-me com maçãs,
pois estou morrendo de amor.
6 A sua mão esquerda
está debaixo da minha cabeça,
e a direita me abraça.
10 O meu amado fala e me diz:
Levante-se, minha querida,
minha linda, e venha comigo
11 Porque eis que passou o inverno,
a chuva cessou e se foi,
12 aparecem as flores na terra,
chegou o tempo
de cantarem as aves,
e já se ouve a voz
da rolinha em nossa terra.
13 A figueira começou
a dar seus figos,
e as vinhas em flor
exalam o seu aroma.
Levante-se, minha querida,
minha linda, e venha comigo.
14 Minha pombinha,
escondida nas fendas
dos penhascos,
no esconderijo
das rochas escarpadas,
mostre-me o seu rosto,
deixe-me ouvir a sua voz;
porque a sua voz é doce,
e o seu rosto é lindo.