1 O rei Nabucodonozor de Babilónia mobilizou todo o seu exército e pôs cerco a Jerusalém, chegando ali no dia 15 de Janeiro do nono ano do reinado de Zedequias, rei de Judá. O cerco manteve-se até ao décimo primeiro ano do seu reinado.
3 A 18 de Julho tinham-se esgotado completamente os mantimentos e a fome torturava a cidade. Nessa noite, o rei e os seus cabos de guerra fizeram um buraco na muralha da cidade e conseguiram depois escapar-se em direcção da campina de Arabá, através da porta que ficava entre a dupla muralha, perto do jardim do rei. As tropas babilónicas que rodeavam a cidade puseram-se em sua perseguição e capturaram-no das campinas de Jericó; os seus homens conseguiram, no entanto, escapar todos. Foi feito prisioneiro em Ribla, onde o interrogaram e o sentenciaram perante o rei de Babilónia. Os seus filhos foram degolados na sua presença; depois vazaram-lhe os olhos e foi preso com cadeias e levado para Babilónia.
8 O general Nebuzaradão, chefe da guarda real, chegou a Jerusalém, vindo de Babilónia, a 14 de Agosto do décimo nono ano do reinado de Nabucodonozor. Mandou incendiar o templo, o palácio e todas as outras casas que tinham algum valor. Conduziu depois os trabalhos de derrube das muralhas da cidade. A população da cidade e os judeus desertores, que tinham declarado a sua fidelidade ao rei de Babilónia, foram todos levados para esta cidade. Aos mais pobre deixaram-nos para irem cultivando a terra.
13 Os babilónios deitaram abaixo os pilares de bronze do templo, o tanque também de bronze com as suas bases e levaram esse bronze todo para Babilónia. Também pegaram em todos os recipientes, talheres, tenazes, pás, perfumadores e outros instrumentos em bronze usados nos sacrifícios e levaram-nos. As bacias de ouro e de prata com tudo o que havia mais de ouro e de prata foi fundido. Era impossível fazer uma estimativa do peso das duas colunas e do grande tanque com a suas bases - tudo isso feito para o templo pelo rei Salomão - pois que eram extremamente pesados. Cada um dos pilares media nove metros de altura, com uma intrincada rede em bronze de romãs decorativas nos capitéis de metro e meio, no alto dos pilares.
18 O general levou Seraías, o sumo sacerdote, com o seu assistente Sofonias e os três guardas do templo como cativos. Um comandante do exército de Judá, o chefe dos serviços de recrutamento do exército, cinco dos conselheiros do rei e sessenta fazendeiros, todos eles descobertos em esconderijos na cidade, foram levados pelo general Nebuzaradão ao rei da Babilónia, em Ribla, onde foram executados à espada. Assim Judá foi exilado da sua terra.
22 O rei Nabucodonozor nomeou Gedalias (filho de Aicão e neto de Safã) como governador da terra e sobre o povo que foi permitido lá ficar. Quando as forças de guerrilha israelita souberam que o rei de Babilónia tinha nomeado Gedalias como governador, alguns chefes que viviam no anonimato, mais os seus homens, juntaram-se a ele em Mizpá. Neste número estava Ismael, filho de Netanias; Joanã, filho de Careá; Seraías, filho de Tanumete o netofatita; e Jazanias, filho de Maacatita, com os seus homens.
24 Gedalias prometeu que se eles depusessem as armas e se submetessem aos babilónios, os deixariam viver na terra e não seriam exilados. Mas sete meses mais tarde Ismael, que era membro da família real, foi a Mizpá com dez homens e matou Gedalias, mais os seus conselheiros, tanto os que eram judeus como os que tinham a nacionalidade babilónica. Então todos os homens de Judá e os chefes da guerrilha fugiram em pânico para o Egipto, porque estavam com receio das represálias que o rei da Babilónia viesse a exercer sobre eles.
27 O rei Jeconias foi libertado da prisão no dia vinte e sete do último mês do trigésimo sétimo ano do seu cativeiro. Isto ocorreu durante o primeiro ano do reinado do rei Evil-Merodaque de Babilónia.
28 Este soberano tratou Jeconias com bondade e deu-lhe um tratamento preferencial, acima dos outros reis cativos com ele em Babilónia. Deram a Jeconias roupa condigna, que substituisse aquela que trazia habitualmente na prisão, e todo o resto da sua vida passou a comer regularmente com o rei, à mesa. O rei também lhe deu um subsídio de manutenção para o resto da vida.
1 Então, no nono ano do reinado de Zedequias, no décimo dia do décimo mês, Nabucodonosor, rei da Babilônia, marchou contra Jerusalém com todo o seu exército. Ele acampou em frente da cidade e construiu rampas de ataque ao redor dela.
2 A cidade foi mantida sob cerco até o décimo primeiro ano do reinado de Zedequias.
3 No nono dia do quarto mês, a fome na cidade havia se tornado tão severa que não havia nada para o povo comer.
4 Então o muro da cidade foi rompido, e todos os soldados fugiram de noite pela porta entre os dois muros próximos ao jardim do rei, embora os babilônios estivessem em torno da cidade. Fugiram na direção da Arabá,
5 mas o exército babilônio perseguiu o rei e o alcançou nas planícies de Jericó. Todos os seus soldados o abandonaram,
6 e ele foi capturado. Foi levado até o rei da Babilônia, em Ribla, onde pronunciaram a sentença contra ele.
7 Executaram os filhos de Zedequias na sua frente; depois furaram seus olhos, prenderam-no com algemas de bronze e o levaram para a Babilônia.
8 No sétimo dia do quinto mês do décimo nono ano do reinado de Nabucodonosor, rei da Babilônia, Nebuzaradã, comandante da guarda imperial, conselheiro do rei da Babilônia, foi a Jerusalém.
9 Incendiou o templo do Senhor, o palácio real, todas as casas de Jerusalém e todos os edifícios importantes.
10 Todo o exército babilônio, que acompanhava Nebuzaradã derrubou os muros de Jerusalém.
11 E ele levou para o exílio o povo que sobrou na cidade, os que passaram para o lado do rei da Babilônia e o restante da população.
12 Mas alguns dos mais pobres do país o comandante deixou para trás, para trabalharem nas vinhas e nos campos.
13 Os babilônios destruíram as colunas de bronze, os suportes e o tanque de bronze que estavam no templo do Senhor, e levaram o bronze para a Babilônia.
14 Também levaram as panelas, as pás, os cortadores de pavio, as vasilhas e todos os utensílios de bronze utilizados no serviço do templo.
15 O comandante da guarda imperial levou os incensários e as bacias de aspersão, tudo o que era feito de ouro puro ou prata.
16 As duas colunas, o tanque e os suportes, que Salomão fizera para o templo do Senhor, eram mais do que podia ser pesado.
17 Cada coluna tinha oito metros e dez centímetros de altura. O capitel de bronze no alto de cada coluna tinha um metro e trinta e cinco centímetros de altura e era decorado com uma fileira de romãs de bronze ao redor.
18 O comandante da guarda levou como prisioneiros o sumo sacerdote, Seraías, Sofonias, o segundo sacerdote, e os três guardas da porta.
19 Dos que ainda estavam na cidade, ele levou o oficial responsável pelos homens de combate e cinco conselheiros reais. Também levou o secretário, principal líder responsável pelo alistamento militar no país e sessenta homens do povo.
20 O comandante Nebuzaradã levou a todos ao rei da Babilônia, em Ribla.
21 Lá, em Ribla, na terra de Hamate, o rei mandou executá-los. Assim Judá foi para o exílio, para longe de sua terra.
22 Nabucodonosor, rei da Babilônia, nomeou Gedalias, filho de Aicam e neto de Safã, como governador do povo que havia sido deixado em Judá.
23 Quando Ismael, filho de Netanias, Joanã, filho de Careá, Seraías, filho do netofatita Tanumete, e Jazanias, filho de um maacatita, todos os líderes do exército, souberam que o rei da Babilônia havia nomeado Gedalias como governador, eles e seus soldados foram falar com Gedalias em Mispá.
24 Gedalias fez um juramento a esses líderes e a seus soldados, dizendo: "Não tenham medo dos oficiais babilônios. Estabeleçam-se nesta terra e sirvam o rei da Babilônia, e tudo lhes irá bem".
25 Mas no sétimo mês, Ismael, filho de Netanias e neto de Elisama, que tinha sangue real, foi com dez homens e assassinou Gedalias e os judeus e os babilônios que estavam com ele em Mispá.
26 Então todo o povo, desde as crianças até os velhos, juntamente com os líderes do exército, fugiram para o Egito, com medo dos babilônios.
27 No trigésimo sétimo ano do exílio de Joaquim, rei de Judá, no ano em que Evil-Merodaque se tornou rei da Babilônia, ele tirou Joaquim da prisão, no dia vinte e sete do décimo segundo mês.
28 Ele lhe tratou com bondade e deu-lhe o lugar mais honrado entre os outros reis que estavam com ele na Babilônia.
29 Assim, Joaquim deixou suas vestes de prisão e pelo resto de sua vida comeu à mesa do rei.
30 E diariamente, enquanto viveu, Joaquim recebeu uma pensão do rei.