1 E assim no dia vinte e oito de Fevereiro, o dia em que os dois decretos reais deveriam ser postos em execução, quando os inimigos dos judeus contavam aniquilá-los, sucedeu precisamente o contrário.
2 Os judeus juntaram-se nas suas cidades, em todas as províncias do império para se defenderem contra alguém que pretendesse feri-los. Mas ninguém ousou fazê-lo, porque eram grandemente temidos.
3 Todos os representantes de autoridade -tgovernadores, altos funcionários, chefes políticos- deram apoio aos judeus, com medo de Mardoqueu,
4 o qual tinha ganho um prestígio enorme não só em Susã como por todo o território imperial - tinha-se tornado positivamente um homem poderoso.
5 Os judeus é que não se ficaram por ali. Nesse tal dia mataram os seus inimigos.
6 Só em Susã mataram quinhentos homens. Mataram também dez filhos de Hamã (filho de Hamedata) o grande inimigo dos judeus. Eram eles: Parsandata, Dalfom, Aspata, Porata, Adalia, Aridata, Parmasta, Arisai, Aridai e Vaizata. Mas não tocaram nas suas propriedades.
11 Nesse mesmo dia, depois do rei ter sido informado do número dos que foram mortos em Susã, mandou chamar a rainha Ester: Os judeus mataram quinhentos dos seus inimigos, só aqui em Susã, exclamou, e mais os dez filhos de Hamã. Se isso foi só aqui o que não terá sido no resto das províncias! Portanto diz o que mais pretendes. Estás satisfeita? Diz o que queres e se fará.
13 Se o rei não se importar, disse ela, que se permita aos judeus aqui em Susã continuar ainda amanhã aquilo que já fizeram hoje, e que os filhos de Hamã sejam pendurados em forcas.
14 O rei concordou; o seu decreto foi publicado em Susã e penduraram os corpos dos dez filhos de Hamã.
15 Os judeus da cidade tornaram a juntar-se e mataram mais trezentos homens, seus inimigos; mas sem lhe ficarem com as propriedades.
16 Entretanto os outros judeus nas outras partes do reino tinham-se juntado para se defenderem, e depois passaram ao ataque e mataram setenta e cinco mil inimigos, que os odiavam. Mas também não lhes ficaram com os bens.
17 Por toda a parte, foi feito o mesmo no dia vinte e oito de Fevereiro; no dia seguinte descansaram, celebrando a sua vitória com festas e grande alegria.
18 Só em Susã é que os judeus não descansaram no dia seguinte, para poderem liquidar mais inimigos, mas vieram a repousar no terceiro dia, no meio de festa e de regozijo.
19 É assim que, em todas as povoações sem muralhas, os judeus em todo Israel até hoje têm uma celebração anual de dois dias em que se alegram e mandam presentes uns aos outros.
20 Mardoqueu escreveu um relato de todos estes acontecimentos, e mandou cartas aos judeus de perto e de longe, em todo o território do império, encorajando-os a que estabelecessem uma festa anual nos últimos dias de Fevereiro para poderem celebrar com alegria e troca de presentes essa ocasião histórica em que os judeus foram salvos dos seus inimigos, em que a sua tristeza se transformou em satisfação, e a sua angústia em felicidade.
23 Os judeus aceitaram a proposta de Mardoqueu e mantiveram essa comemoração como um costume, para nunca se esquecerem do tempo em que Hamã (filho de Hamedada o agagita), o inimigo de todos os judeus, planeara a sua liquidação, numa altura designada à sorte; e para lhes lembrar também como o rei, ao ter conhecimento disso, mandou fazer um decreto que permitia neutralizar os planos de Hamã e que foi a causa de ele e os seus filhos terem sido pendurados em forcas. É por essa razão que se dá o nome de Purim a esta celebração, porque na língua persa chama-se ao acto de tirar à sorte pur.
27 Todos os judeus pelo reino fora concordaram em estabelecer regularmente essa comemoração, transmitindo-a aos seus descendentes e a todos os que se tornassem judeus; declararam assim que nunca deixariam de celebrar estes dois dias, na altura própria em cada ano. Torná-se-ia pois um acontecimento anual, observado de geração em geração por todas as famílias em todo o território imperial, nas cidades como no campo, a fim de que a memória do que aconteceu não se apagasse na raça judia.
29 Entretanto, a rainha Ester (filha de Abiail, prima de Mardoqueu e educada por este) escreveu uma carta dando todo o seu apoio à carta que por seu lado Mardoqueu tinha escrito também propondo a comemoração generalizada da festa anual de Purim.
30 Com estas, foram enviadas outras cartas a todos os judeus espalhados pelas cento e vinte e sete províncias do reino de Assuero, com mensagens de boa vontade e de encorajamento, confirmando esta comemoração de dois dias da festa de Purim, decretada tanto por Mardoqueu como pela rainha Ester. No fundo os judeus todos já de si mesmo tinham acordado em que se deveria estabelecer essa celebração comemorativa desse tempo de jejum e oração nacional.
32 Sendo assim as directivas da rainha Ester apenas vieram confirmar as datas e dar carácter legal ao assunto.
1 No décimo terceiro dia do décimo segundo mês, o mês de adar, entraria em vigor o decreto do rei. Naquele dia os inimigos dos judeus esperavam vencê-los, mas aconteceu o contrário; os judeus dominaram aqueles que os odiavam,
2 reunindo-se em suas cidades, em todas as províncias do rei Xerxes, para atacar os que buscavam a sua destruição. Ninguém conseguia resistir-lhes, porquanto todos os povos estavam com medo deles.
3 E todos os nobres das províncias, os sátrapas, os governadores e os administradores do rei apoiaram os judeus, porque o medo que tinham de Mardoqueu havia se apoderado deles.
4 Mardoqueu era influente no palácio; sua fama espalhou-se pelas províncias, e ele se tornava cada vez mais poderoso.
5 Os judeus feriram todos os seus inimigos à espada, matando-os e destruindo-os, e fizeram o que quiseram com os seus inimigos.
6 Na cidadela de Susã os judeus mataram e destruíram quinhentos homens.
7 Também mataram Parsandata, Dalfom, Aspata,
8 Porata, Adalia, Aridata,
9 Farmasta, Arisai, Aridai e Vaisata,
10 os dez filhos de Hamã, filho de Hamedata, o inimigo dos judeus. Mas não se apossaram dos seus bens.
11 Naquele mesmo dia o total de mortos na cidadela de Susã foi relatado ao rei,
12 que disse à rainha Ester: "Os judeus mataram e destruíram quinhentos homens e os dez filhos de Hamã na cidadela de Susã. Que terão feito nas outras províncias do império? Agora, diga qual é o seu pedido, e você será atendida. Tem ainda algum desejo? Este lhe será concedido".
13 Respondeu Ester: "Se for do agrado do rei, que os judeus de Susã tenham autorização para executar também amanhã o decreto de hoje, para que os corpos dos dez filhos de Hamã sejam pendurados na forca".
14 Então o rei deu ordens para que assim sem fizesse. O decreto foi publicado em Susã, e os corpos dos dez filhos de Hamã foram pendurados na forca.
15 Os judeus de Susã ajuntaram-se no décimo quarto dia do mês de adar e mataram trezentos homens em Susã, mas não se apossaram de seus bens.
16 Enquanto isso, ajuntou-se também o restante dos judeus que viviam nas províncias do império, para se protegerem e se livrarem dos seus inimigos. Eles mataram setenta e cinco mil deles, mas não se apossaram de seus bens.
17 Isso aconteceu no décimo terceiro dia do mês de adar, e no décimo quarto dia descansaram e fizeram dessa data um dia de festa e de alegria.
18 Os judeus de Susã, porém, tinham se reunido no décimo terceiro e no décimo quarto dias, e no décimo quinto descansaram e dele fizeram um dia de festa e de alegria.
19 Por isso os judeus que vivem em vilas e povoados comemoram o décimo quarto dia do mês de adar como um dia de festa e de alegria, um dia de troca de presentes.
20 Mardoqueu registrou esses acontecimentos e enviou cartas a todos os judeus de todas as províncias do rei Xerxes, próximas e distantes,
21 determinado que anualmente se comemorassem os dias décimo quarto e décimo quinto do mês de adar,
22 pois nesses dias os judeus livraram-se dos seus inimigos, e nesse mês a sua tristeza tornou-se em alegria, e o seu pranto, num dia de festa. Escreveu-lhes dizendo que comemorassem aquelas datas como dias de festa e de alegria, de troca de presentes e de ofertas aos pobres.
23 E assim os judeus adotaram como costume aquela comemoração, conforme o que Mardoqueu lhes tinha ordenado por escrito.
24 Pois Hamã, filho do agagita Hamedata, inimigo de todos os judeus, tinha tramado contra eles para destruí-los e tinha lançado o pur, isto é, a sorte para a ruína e destruição deles.
25 Mas quando isso chegou ao conhecimento do rei, ele deu ordens escritas para que o plano maligno de Hamã contra os judeus se voltasse contra a sua própria cabeça, e para que ele e seus filhos fossem enforcados.
26 Por isso aqueles dias foram chamados Purim, da palavra pur. Considerando tudo o que estava escrito nessa carta, o que tinham visto e o que tinha acontecido,
27 os judeus decidiram estabelecer o costume de que eles e os seus descendentes e todos os que se tornassem judeus não deixariam de comemorar anualmente esses dois dias, na forma prescrita e na data certa.
28 Esses dias seriam lembrados e comemorados em cada família de cada geração, em cada província e em cada cidade, e jamais deveriam deixar de ser comemorados pelos judeus. E os seus descendentes jamais deveriam esquecer-se de tais dias.
29 Então a rainha Ester, filha de Abiail, e o judeu Mardoqueu, escreveram com toda a autoridade uma segunda carta para confirmar a primeira carta acerca do Purim.
30 Mardoqueu enviou cartas a todos os judeus das cento e vinte e sete províncias do império de Xerxes, desejando-lhes paz e segurança,
31 e confirmando que os dias de Purim deveriam ser comemorados nas datas determinadas, conforme o judeu Mardoqueu e a rainha Ester tinham decretado e estabelecido para si mesmos, para todos os judeus e para os seus descendentes, e acrescentou observações sobre tempos de jejum e de lamentação.
32 O decreto de Ester confirmou as regras do Purim, e isso foi escrito nos registros.