1 Nínive, chegou o teu fim! Estás já rodeado pelos exércitos inimigos! Soa o alarme! Fortalece as muralhas! Reforça as defesas, e mantém uma vigilância apertada sobre todos os movimentos das forças inimigas, que se preparam para o ataque.
2 A terra do povo de Deus ficou assolada depois dos teus ataques, mas o Senhor restaurará a sua honra e o seu poder novamente!
3 Os escudos dos seus valentes guerreiros ficarão vermelhos. O ataque começa! Reparem nos seus uniformes escarlates! Vejam os seus carros, cintilantes, avançando, lado a lado, puxados por fogosos cavalos!
4 Os teus próprios carros correm velozmente pelas ruas e praças da cidade, chispando faíscas e raios, como tochas
5 O rei grita pelos seus oficiais; tropeçam na corrida em direcção às muralhas, para reforçar as defesas.
6 Mas é demasiado tarde! As portas do rio estão abertas! O inimigo já entrou! Todo o palácio está em pânico.
7 A rainha de Nínive é trazida para as ruas, despida, e levada como escrava, com todas as suas aias chorando atrás. Ouçam-na lamentando-se, gemendo como pombas, batendo no peito!.
8 Nínive é como um tanque esvaziando a água. Os seus soldados fogem, abandonando-a; a cidade não pode retê-los. Parem, parem!, gritam-lhes. Mas eles correm ainda mais.
9 Saqueiem a prata! Saqueiem o ouro! Os tesouros parece que não têm fim! A sua vasta, imensa riqueza é toda levada
10 Em breve a cidade torna-se em escombros. Os corações derretem-se de medo. Tremem os joelhos. O povo fica desfalecido, pálido, cambaleante.
11 Onde está agora essa grande Nínive, o leão das nações, cheia de combatividade e de ousadia, onde até mesmo os velhos e os fracos, tal como jovens e os meninos, viviam em segurança?
12 Ó Nínive, sim, eras como um leão! Esmagavas os inimigos para dares de comer aos teus filhos e às tuas mulheres; enchias a cidade e as casas com mercadorias e com escravos.
13 Mas agora, o Senhor dos exércitos celestiais voltou-se contra ti. Os teus carros de combate aí estão, inertes, inúteis. Os teus combatentes jazem mortos. Nunca mais trarás para aqui escravos cativos de outras nações. Não mais enviarás mensageiros a outras nações.
1 O destruidor avança contra você, Nínive! Guarde a fortaleza! Vigie a estrada! Prepare a resistência! Reúna todas as suas forças!
2 O SENHOR restaurará o esplendor de Jacó; restaurará o esplendor de Israel, embora os saqueadores tenham devastado e destruído as suas videiras.
3 Os escudos e os uniformes dos soldados inimigos são vermelhos. Os seus carros de guerra reluzem quando se alinham para a batalha; agitam-se as lanças de pinho.
4 Os carros de guerra percorrem loucamente as ruas e se cruzam velozmente pelos quarteirões. Parecem tochas de fogo e arremessam-se como relâmpagos.
5 Convocam-se as suas tropas de elite, mas elas vêm tropeçando; correm para a muralha da cidade para formar a linha de proteção.
6 As comportas dos canais são abertas, e o palácio desaba.
7 Está decretado: a cidade irá para o exílio, será deportada. As jovens tomadas como escravas batem no peito; seu gemer é como o arrulhar das pombas.
8 Nínive é como um açude antigo cujas águas estão vazando. "Parem, parem", eles gritam, mas ninguém sequer olha para trás.
9 Saqueiem a prata! Saqueiem o ouro! Sua riqueza não tem fim; está repleta de objetos de valor!
10 Ah! Devastação! Destruição! Desolação! Os corações se derretem, os joelhos vacilam, todos os corpos tremem e o rosto de todos empalidece!
11 Onde está agora a toca dos leões? Onde o lugar em que alimentavam seus filhotes, para onde iam o leão, a leoa e os leõezinhos, sem nada temer?
12 Onde está o leão que caçava o bastante para os seus filhotes e estrangulava animais para as suas leoas, e que enchia as suas covas de presas e suas tocas de vítimas?
13 "Estou contra você", declara o SENHOR dos Exércitos, "queimarei no fogo os seus carros de guerra, e a espada matará os seus leões. Eliminarei da terra a sua caça, e a voz dos seus mensageiros jamais será ouvida".