1 Assim como a água pode ser canalizada para onde for preciso, assim o Senhor pode dirigir segundo a sua vontade os pensamentos de quem governa.
2 O que uma pessoa faz parece-lhe bem feito, mas só Deus sabe avaliar correctamente as intenções.
3 Deus tem ainda mais alegria quando se pratica a justiça e se julga com rectidão, do que quando lhe fazemos ofertas.
4 O orgulho, a altivez para com os outros, o luxo ostensivo, tudo isso é sempre pecado para com Deus!
5 O trabalho reflectido de uma pessoa diligente leva certamente à prosperidade. Mas a impaciência e a precipitação vêm a dar unicamente na pobreza.
6 Dinheiro junto por meio da mentira torna-se uma prosperidade ilusória. É como buscar a sua própria ruína.
7 Visto que os pecadores se recusam a praticar a justiça, virão a ser destruídos pela sua própria violência.
8 O homem revela-se pelos seus actos: os do mau são tortuosos; mas aquele que é honesto tem uma conduta recta.
9 Vale mais morar num canto dum sótão do que com uma mulher conflituosa numa bela casa.
10 A alma do pecador está cheia de maldade, até mesmo para com o seu amigo.
11 Uma pessoa inteligente aprende quando é instruída; mas os tolos só aprendem quando vêem os incrédulos castigados.
12 Os que seguem Deus, consideram atentamente o que acontece às famílias dos pecadores, quando são arrastados para o mal.
13 Os que fecham os ouvidos aos apelos dos pobres também virão a ser esquecidos quando chegar a hora de gritarem por auxílio.
14 Um presente dado discretamente é capaz de abater a zanga, de acalmar uma violenta indignação.
15 Para uma pessoa honesta, é uma alegria quando se faz justiça; mas para os que praticam a iniquidade isso é um espanto.
16 Quem se afasta do caminho do bom senso acabará por ir descansar na companhia dos mortos.
17 Os que amam os prazeres caem na pobreza; os escravos das bebidas alcoólicas e do luxo nunca virão a saber o que é a verdadeira prosperidade.
18 Os pecadores acabarão perdendo; os fiéis virão a ser salvos.
19 Vale mais viver num deserto do que com uma mulher rixosa e irascível.
20 Na casa duma pessoa de bom senso há bem-estar e poupanças; mas o insensato dá cabo de tudo quanto ganha.
21 Quem segue a justiça e a lealdade achará na vida honra e também justiça.
22 A sabedoria do sábio dá-lhe força para tomar até uma cidade fortificada e anular a força dos que a defendem.
23 Aquele que sabe guardar a sua boca e controlar o que diz, protege a sua alma de muitos aborrecimentos.
24 Os soberbos são em geral pessoas trocistas e presumidas. É no fundo uma questão de orgulho.
25 Os desejos do preguiçoso acabam por matá-lo porque as suas mãos se recusam ao trabalho e passa todo o tempo a querer coisas. Mas o justo tem uma vida diferente: ele gosta de dar com generosidade.
27 Deus recusa sacrifícios dos pecadores, e muito mais se esses sacrifícios são feitos com intenções desonestas.
28 Uma falsa testemunha será castigada. Aquele que soube observar os factos, falará com segurança e sem que alguém o conteste.
29 Os pecadores são em geral pessoas teimosas; mas os rectos sabem considerar correctamente as situações.
30 Não há sabedoria, nem inteligência, nem reflexão, por mais profundas que sejam, que possam defrontar o Senhor.
31 Os homens fazem tudo para obterem a vitória numa batalha; mas o certo é que isso só o Senhor o pode conceder!
1 O coração do rei é como um rio controlado pelo Senhor; ele o dirige para onde quer.
2 Todos os caminhos do homem lhe parecem justos, mas o Senhor pesa o coração.
3 Fazer o que é justo e certo é mais aceitável ao Senhor do que oferecer sacrifícios.
4 A vida de pecado dos ímpios se vê no olhar orgulhoso e no coração arrogante,
5 Os planos bem elaborados levam à fartura; mas o apressado sempre acaba na miséria.
6 A fortuna obtida com língua mentirosa é ilusão fugidia e armadilha mortal.
7 A violência dos ímpios os arrastará, pois recusam-se a agir corretamente.
8 O caminho do culpado é tortuoso, mas a conduta do inocente é reta.
9 Melhor é viver num canto sob o telhado do que repartir a casa com uma mulher briguenta.
10 O desejo do perverso é fazer o mal; ele não tem dó do próximo.
11 Quando o zombador é castigado, o inexperiente obtém sabedoria; quando o sábio recebe instrução, obtém conhecimento.
12 O justo observa a casa dos ímpios e os faz cair na desgraça.
13 Quem fecha os ouvidos ao clamor dos pobres também clamará e não terá resposta.
14 O presente que se faz em segredo acalma a ira, e o suborno oferecido às ocultas apazigua a maior fúria.
15 Quando se faz justiça, o justo se alegra, mas os malfeitores se apavoram.
16 Quem se afasta do caminho da sensatez repousará na companhia dos mortos.
17 Quem se entrega aos prazeres passará necessidade; quem se apega ao vinho e ao azeite jamais será rico.
18 O ímpio serve de resgate para o justo, e o infiel, para o homem íntegro.
19 Melhor é viver no deserto do que com uma mulher briguenta e amargurada.
20 Na casa do sábio há comida e azeite armazenados, mas o tolo devora tudo o que pode.
21 Quem segue a justiça e a lealdade encontra vida, justiça e honra.
22 O sábio conquista a cidade dos valentes e derruba a fortaleza em que eles confiam.
23 Quem é cuidadoso no que fala evita muito sofrimento.
24 O vaidoso e arrogante, chama-se zombador; ele age com extremo orgulho.
25 O preguiçoso morre de tanto desejar e de nunca pôr as mãos no trabalho.
26 O dia inteiro ele deseja mais e mais, enquanto o justo reparte sem cessar.
27 O sacrifício dos ímpios já por si é detestável; quanto mais quando oferecido com más intenções.
28 A testemunha falsa perecerá, mas o testemunho do homem bem informado permanecerá.
29 O ímpio mostra no rosto a sua arrogância, mas o justo mantém em ordem o seu caminho.
30 Não há sabedoria alguma, nem discernimento algum, nem plano algum que possa opor-se ao Senhor.
31 Prepara-se o cavalo para o dia da batalha, mas o Senhor é que dá a vitória.