2 Levanta-te, pois és o juiz de toda a Terra, e castiga os soberbos.
3 Até quando, Senhor, a gente má esfregará as mãos de contentamento.
4 Até quando continuarão a dizer tudo o que querem com insolência, orgulhando-se de todo o mal que fazem?
5 Vê como oprimem o teu povo e o reduzem a nada; como afligem os que te pertencem.
6 Assassinam viúvas, imigrantes, órfãos.
7 E dizem: O Senhor não há-de ver nada. Deus não repara nestas coisas!
8 Dêem atenção, vocês que se parecem com brutos animais, e vocês que têm prazer na loucura: quando é que se interessarão em ter sabedoria?
10 Aquele que é o único que pode e sabe castigar com justiça, não vos castigará a vocês também? Aquele que deu o entendimento ao homem, não entenderia ele o que vocês combinam e pensam?
11 O Senhor bem conhece os pensamentos das pessoas, e sabe como são mesquinhos e inúteis.
12 Bem felizes são os que repreendes, Senhor, aqueles a quem ensinas a tua lei.
13 Porque a esses darás descanso nos dias maus, enquanto que o perverso, que te despreza, cairá na cova da destruição.
14 O Senhor não abandonará, não desamparará a sua possessão.
15 Os julgamentos serão de novo feitos com justiça, e todos os que conduzem os seus corações por caminhos rectos seguirão o Senhor.
16 Quem será a meu favor contra os malfeitores? Quem se porá ao meu lado contra os que praticam a iniquidade?
17 Se o Senhor não tivesse vindo em meu auxílio, já o meu corpo estaria na terra do silêncio.
18 Quando eu te gritei: Senhor, os meus pés tropeçam, vou escorregar, logo acorreste, com a tua bondade, e me aguentaste.
19 Quando se multiplicam dentro de mim as preocupações, os cuidados, consolas-me, e tornas a dar alegria e esperança à minha alma.
20 Poderás tu dar protecção a um governo corrupto, que torce as leis a fim de poder pôr em execução planos injustos?
21 Aprovarás tu aqueles que se apressam, nas suas assembleias corruptas, a condenar à morte o inocente?
22 Mas tu és o meu mais seguro retiro; és a rocha em que me abrigo.
23 Deus fará recair sobre eles as consequências inevitáveis da sua própria iniquidade. Serão destruídos pela sua própria malícia. O Senhor nosso Deus, ele mesmo os destruirá.
1 Ó Senhor, Deus vingador; Deus vingador! Intervém!
2 Levanta-te, Juiz da terra; retribui aos orgulhosos o que merecem.
3 Até quando os ímpios, Senhor, até quando os ímpios exultarão?
4 Eles despejam palavras arrogantes, todos esses malfeitores enchem-se de vanglória.
5 Massacram o teu povo, Senhor, e oprimem a tua herança;
6 matam as viúvas e os estrangeiros, assassinam os órfãos,
7 e ainda dizem: "O Senhor não nos vê; o Deus de Jacó nada percebe".
8 Insensatos, procurem entender! E vocês, tolos, quando se tornarão sábios?
9 Será que quem fez o ouvido não ouve? Será que quem formou o olho não vê?
10 Aquele que disciplina as nações os deixará sem castigo? Não tem sabedoria aquele que dá ao homem o conhecimento?
11 O Senhor conhece os pensamentos do homem, e sabe como são fúteis.
12 Como é feliz o homem a quem disciplinas, Senhor, aquele a quem ensinas a tua lei;
13 tranqüilo, enfrentará os dias maus, enquanto que, para os ímpios, uma cova se abrirá.
14 O Senhor não desamparará o seu povo; jamais abandonará a sua herança.
15 Voltará a haver justiça nos julgamentos, e todos os retos de coração a seguirão.
16 Quem se levantará a meu favor contra os ímpios? Quem ficará a meu lado contra os malfeitores?
17 Não fosse a ajuda do Senhor, eu já estaria habitando no silêncio.
18 Quando eu disse: "Os meus pés escorregaram", o teu amor leal, Senhor, me amparou!
19 Quando a ansiedade já me dominava no íntimo, o teu consolo trouxe alívio à minha alma.
20 Poderá um trono corrupto estar em aliança contigo?, um trono que faz injustiças em nome da lei?
21 Eles planejam contra a vida dos justos e condenam os inocentes à morte.
22 Mas o Senhor é a minha torre segura; o meu Deus é a rocha em que encontro refúgio.
23 Fará cair sobre eles os seus crimes, e os destruirá por causa dos seus pecados; o Senhor, o nosso Deus, os destruirá!