1 O autor deste livro é Salomão , rei em Jerusalém, filho do rei David, conhecido como o pregador.
2 Na minha opinião tudo é ilusão; tudo é passageiro.
3 O que é que uma pessoa ganha com todo o duro trabalho que tem?
4 As gerações vão passando, umas após outras, sem que haja alteração nisso.
5 O Sol nasce, e põe-se, mas volta sempre ao lugar onde nasceu;
6 o vento sopra ora do sul, ora do norte, duma banda doutra, circulando na atmosfera, mas para não chegar a sítio nenhum.
7 Os rios correm para o mar, mas este nunca chega a ficar cheio, e essa água por fim retorna aos rios, para correr novamente para o mar.
8 Tudo é extremamente fastidioso e cansativo. Podemos ter visto e ouvido já muita coisa, mas nunca estamos satisfeitos.
9 A história não passa de uma mera repetição de factos. Não há nada que seja verdadeiramente novo; já tudo foi feito ou dito anteriormente.
10 Haverá alguma coisa que se possa indicar como sendo realmente nova? Tudo já aconteceu nos séculos passados.
11 Nós é que não temos lembrança dessas coisas; e com as gerações futuras acontecerá o mesmo: não se recordarão do que nós fizemos.
12 Eu, o pregador, fui rei de Israel, vivendo em Jerusalém; e apliquei-me a procurar entender tudo no universo.
14 Descobri então que a sorte do ser humano, que Deus lhe destinou, não é nada boa. É tudo loucura, é tudo andar a correr atrás do vento.
15 O que está mal não pode ser corrigido; e também não vale a pena reflectir sobre como as coisas poderiam ter sido doutra forma.
16 Disse assim para comigo: Afinal, sou mais instruído do que qualquer dos reis que me precederam em Jerusalém. Tenho uma melhor bagagem de sabedoria e de conhecimentos.
17 É porque me esforcei grandemente por ser sábio, e não ignorante; no entanto dou-me conta agora de que até isto foi também como correr atrás de nada.
18 Porque quanto maior era a minha sabedoria, maiores eram as minhas preocupações; aumentar os conhecimentos apenas traz consigo aumento de aflições.
1 The words of the Preacher, the son of David, king in Jerusalem.
2 Vanity of vanities, says the Preacher; vanity of vanities, all is vanity.
3 What profit has man of all his labor in which he labors under the sun?
4 One generation goes, and another generation comes; but the earth remains forever.
5 The sun also rises, and the sun goes down, and hurries to its place where it rises.
6 The wind goes toward the south, and turns about to the north; it turns about continually in its course, and the wind returns again to its circuits.
7 All the rivers run into the sea, yet the sea is not full; to the place where the rivers go, there they go again.
8 All things are full of weariness; man can't utter [it]: the eye is not satisfied with seeing, nor the ear filled with hearing.
9 That which has been is that which will be; and that which has been done is that which will be done: and there is no new thing under the sun.
10 Is there a thing of which it may be said, See, this is new? It has been long ago, in the ages which were before us.
11 There is no remembrance of the former [generations]; neither will there be any remembrance of the latter [generations] who are to come, among those who will come after.
12 I the Preacher was king over Israel in Jerusalem.
13 And I applied my heart to seek and to search out by wisdom concerning all that is done under heaven: it is an intense travail that God has given to the sons of man to be exercised with.
14 I have seen all the works that are done under the sun; and, look, all is vanity and a striving after wind.
15 That which is crooked can't be made straight; and that which is wanting can't be numbered.
16 I communed with my own heart, saying, Look, I have gotten myself great wisdom above all who were before me in Jerusalem; yes, my heart has had great experience of wisdom and knowledge.
17 And I applied my heart to know wisdom, and to know madness and folly: I perceived that this also was a striving after wind.
18 For in much wisdom is much grief; and he who increases knowledge increases sorrow.