1 O supremo sacerdote é um homem como qualquer outro, mas constituído para representar os homens nas suas relações com Deus. Por isso ele apresenta as ofertas a Deus e oferece sacrifícios pelos pecados, tanto do povo, como os seus próprios também. E como ele mesmo está sujeito à fraqueza humana, pode tratar com toda a bondade os outros que pecam, seja por ignorância, seja por desobediência.
4 E ninguém se torna sumo sacerdote somente porque deseja tal honra. Tem de ser chamado por Deus, tal como Arão.
5 Assim Cristo, da mesma maneira, não se honrou a si próprio como supremo sacerdote, mas foi Deus quem o instituiu nessa dignidade, dizendo-lhe: Tu és o meu Filho. Hoje tornei-me teu Pai.
6 E lemos ainda noutro lugar. Tu és sacerdote para sempre, à semelhança de Melquisedeque.
7 Cristo, enquanto ainda estava na Terra, numa agonia de alma, apresentou orações e súplicas a Deus, que o poderia ter livrado daquela morte. E Deus ouviu-o, atendendo à sua submissão.
8 Vemos portanto que Jesus, ainda que sendo o Filho, ele próprio experimentou o que era a obediência por aquilo que padeceu.
9 E foi assim que ficou perfeito o que ele cumpriu e que oferece a salvação eterna àqueles que lhe obedecem.
10 Deus mesmo o reconhece como supremo sacerdote à semelhança de Melquisedeque.
11 Muito mais teríamos a dizer sobre isso; contudo não é fácil explicar-vos essas coisas, pois que vocês se têm tornado preguiçosos para as compreender.
12 Porque ao tempo que são cristãos deviam até poder já ensinar outros. Mas ao contrário precisam de quem vos ensine as primeiras coisas da revelação de Deus. Vocês fizeram-se como criancinhas que só podem beber leite, e não alimento sólido.
13 Ora, quando uma pessoa ainda se alimenta só de leite, é como um bebé e ainda não está capaz de ter experiência de coisas que a justiça de Deus exige.
14 Mas o alimento sólido é para os que adquiriram maturidade, e que em resultado do exercício das suas faculdades são capazes de distinguir o bem do mal.